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domingo, 4 de setembro de 2011

Bom dia Brasil TRISTE REALIDADE DO SUS e da degradação Humana . Situação de DescasoO cenário é desolador. Equipamentos estão quebrados e muitos morrem à espera de uma vaga para ser no HPSM de Belém


O cenário é desolador. Equipamentos estão quebrados e muitos morrem à espera de uma vaga para serem atendidos.

Uma câmera e um microfone nos corredores de uma emergência de hospital sempre mostram historias de aflição, de drama e às vezes de luta contra a morte. Normalmente existe um movimento em defesa da vida, mas não é o que acontece na maioria dos hospitais públicos do Brasil. Ao contrário: o que se vê é que a vida vale pouco para médicos e profissionais de saúde

Em Belém, pacientes agonizam nos corredores de um hospital e morrem à espera de médicos e de vagas em UTI. As famílias se desesperam, como se antecipassem o fim.

No leito, uma mulher passa mal e o médico não aparece. São os parentes e companheiros de quarto que tentam ajudá-la. Tem meia hora que pedimos o médico e ele não veio, diz uma jovem.

Em um hospital e pronto-socorro da prefeitura de Belém, o cenário é desolador. Pacientes são deixados nos corredores. Uma mulher, que tem pedra na vesícula, disse que está há uma semana na maca aguardando cirurgia.

Só esperando e chorando. Eles não dão nada para a gente, reclama a paciente.

O hospital tem infiltrações, goteiras, colchões velhos e equipamentos quebrados. Os pacientes não conseguem fazer um simples exame de raio-X. A direção afirma que o hospital tem 38 leitos de UTI e todos estão ocupados.

Os pacientes acabam morrendo à espera por uma vaga. Maria Conceição, de 72 anos, teve um acidente vascular cerebral (AVC) e desde sábado (14) aguardava um leito de UTI. Se ela ficar aí ela pode até morrer, teme a filha da paciente, Sônia Souza.

Ela não está na UTI porque não havia vaga, alega o diretor do hospital, Caetano Cassiano.

Dona Maria não resistiu. Ela morreu, minha mãe morreu. Pegou na minha mão e tudo. Eu sei que, quando chega neste hospital aqui só sai morto. Eu não gosto desse hospital, se desespera a filha da paciente, Sônia Souza.

Na segunda-feira (16), foi enterrado o corpo de Renan Moraes dos Santos, de 11 anos, que morreu com suspeita de dengue hemorrágica. Segundo uma enfermeira do hospital, um dos médicos se recusou a atender o menino. O fato, que foi registrado pela enfermeira num documento, fere o código de ética médica e pode configurar crime de omissão de socorro.

Está errado. Ele deve responder a uma sindicância e processo administrativo e, a partir daí, o próprio Conselho Regional de Medicina vai fazer a investigação para averiguar até onde vai a culpa dele, declarou o diretor do hospital, Caetano Cassiano.

O hospital não revelou o nome do médico. Os pais do menino estão inconformados. Meu filho estava lá morrendo, pedindo socorro e ninguém socorria, ninguém tomava as providências, lamentou o pai de Renan, Wilson Santos.

Segundo a direção do hospital, 128 pacientes já morreram na unidade só este ano. A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil procurou a prefeitura de Belém, responsável pelo hospital, mas ninguém se dispôs a comentar a reportagem.

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